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terça-feira, 11 de agosto de 2015

Changes

    Desde que o mundo é mundo a palavra mudança traz certo desconforto. Para muitas pessoas tal desconforto logo passa e vem à expectativa e a vontade de vivenciar o novo. Como uma boa e típica taurina eu não sou bem receptiva a mudanças, nunca fui. Sou seguidora fiel da clássica frase “Em time que está ganhando, não se mexe”. Adoro o conforto que esse comodismo traz, confesso.

    Porém às vezes a mudança nos força, nos derruba desse mar de conforto e nos dá um “chega pra lá”. Uma voz que nos diz: “Oi, vamos sair e ver o mundo?”.  Quando esse desejo profundo chega a “incomodar” a vida de um preguiçoso nato fica difícil não se convencer que mudanças são necessárias e vitais na vida de todos.

    Mudar o cabelo, o sapato, a maquiagem, a roupa e a alma. Chorar novas lágrimas, sentir saudade de novas ausências. Novas músicas, novos sorrisos, novos passeios, novas pessoas, novas frustrações, novas alegrias. Já que é tudo tem cara de ser tão bom, porque traz tanto receio e medo? Sair do conforto, por pior que ele possa parecer é um processo doloroso e demorado, mas que deve ser feito.

    Me deparei nesses últimos dias escutando a voz daqueles que se foram cedo, dos que não tiveram tempo para que esse processo de mudança fosse feito. Cazuza, Cristiano Araújo e tantos outros. Isso me fez pensar que ainda dá tempo. Tempo pra mudar o cabelo, a roupa, as lágrimas e as dores. Ainda dá tempo de novos passeios, novas pessoas e novos sorrisos.


A hora é agora! Avante!

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