Desde que o mundo
é mundo a palavra mudança traz certo desconforto. Para muitas pessoas tal
desconforto logo passa e vem à expectativa e a vontade de vivenciar o novo.
Como uma boa e típica taurina eu não sou bem receptiva a mudanças, nunca fui.
Sou seguidora fiel da clássica frase “Em time que está ganhando, não se mexe”.
Adoro o conforto que esse comodismo traz, confesso.
Porém às vezes a
mudança nos força, nos derruba desse mar de conforto e nos dá um “chega pra lá”.
Uma voz que nos diz: “Oi, vamos sair e ver o mundo?”. Quando esse desejo profundo chega a “incomodar”
a vida de um preguiçoso nato fica difícil não se convencer que mudanças são
necessárias e vitais na vida de todos.
Mudar o cabelo, o
sapato, a maquiagem, a roupa e a alma. Chorar novas lágrimas, sentir saudade de
novas ausências. Novas músicas, novos sorrisos, novos passeios, novas pessoas,
novas frustrações, novas alegrias. Já que é tudo tem cara de ser tão bom,
porque traz tanto receio e medo? Sair do conforto, por pior que ele possa
parecer é um processo doloroso e demorado, mas que deve ser feito.
Me deparei nesses últimos
dias escutando a voz daqueles que se foram cedo, dos que não tiveram tempo para
que esse processo de mudança fosse feito. Cazuza, Cristiano Araújo e tantos outros.
Isso me fez pensar que ainda dá tempo. Tempo pra mudar o cabelo, a roupa, as
lágrimas e as dores. Ainda dá tempo de novos passeios, novas pessoas e novos
sorrisos.
A hora é agora! Avante!