Felicidade

“Felicidade é um estado, e não um destino”

OneTree Hill

Na maioria das vezes, quando alguém nos pergunta, qual o nosso maior desejo,quase sempre  a resposta, é: Ser feliz. Encaramos a felicidade como um prêmio a ser alcançado, um destino que muitas vezes  vemos bem longe de nós. Talvez o grande erro seja esse.  Muitas e muitas vezes cometemos esse erro, até mesmo inconscientemente, mas que nos impede de ver  os pequenos , grandes momentos de felicidades que passam por nós e nem aproveitamos como deveríamos.

Tempos atrás, estava discutindo sobre isso com amigos, e analisando o quanto perdemos esses momentos, muitas das vezes, por pequenas coisas, exatamente por termos a falsa ideia de que temos que ser felizes 24 horas por dia e que um dia vamos alcançar isso. Eu particularmente desconfio muito de quem diz que é sempre feliz, não acho que seja sincero, e mesmo que fosse seria um porre nunca sofrer, lutar e vencer algum obstáculo.

Felicidade, como tudo na vida, é escolha. Digo isso porque temos o poder de escolher até onde deixamos a tristeza no abater.  Coisas ruins acontecem com pessoas boas a todo o momento, da mesma forma que coisas boas acontecem há pessoas ruins,  e não há nada que possamos fazer contra isso. Podemos nos perguntar, isso é justo?  E como podemos definir justiça? Relembrando o texto de uma amiga que dizia sobre isso, a justiça ou a falta dela é muito relativa. Para a justiça acontecer aqui, a injustiça acontece ali e assim a vida segue o seu ritmo.

Aprender a enxergar a felicidade e aproveitá-la por menor que ela seja. O tempo de ser feliz é aqui, é agora, não é um destino que nem sabemos se vai chegar um dia.

Ame quem você quiser amar, não ame a quem não quer. Não se cobre tanto, pare de ser algoz de si mesmo.  Todo mundo pode mudar de opinião sem perder seus valores.

 Prometo repetir isso pra mim todos os dias.

Prometo querer enxergar.

Prometo tentar achar o meu paraíso particular, todos os dias.

E você?

 Aceita o desafio? 

Tempo.

Há exatamente 1 ano atrás, eu estava em São Paulo,pela primeira vez, vivendo grandes e novas experiências. Muitos sonhos na cabeça, inúmeros planos. Tive a oportunidade de conhecer muitos parentes, mas dentre todos, quem mais se destacou foi a querida Ana... Foi ela que junto com o seu esposo e meu primo Eduardo me ajudou a realizar um sonho de criança, o de conhecer o mar...

A alegria de ver aquela imensidão azul foi dividida com ela, que me deu dicas de como encarar uma beleza tão assustadora... Foi exatamente no mar que conversamos por horas e que eu contei a ela os meus planos para o futuro, de ir morar em São Paulo, de estudar, de viver a minha vida da maneira que eu acho correta. Não costumo falar muito de mim para as pessoas, mas ela me passou a confiança que eu achei necessário para me abrir. Foi dela a injeção de ânimo que eu ouvi e que me tocou muito.

Eu voltei pra casa, nosso contato se resumiu a poucos telefones durante esse um ano, mas poucas pessoas marcaram a minha vida como ela. Hoje, um ano depois, chega à notícia de que ela se foi, exatamente um dia depois do nosso querido “Tio Bigode”. Ela se foi, mas as palavras dela nunca se apagarão. Se a teoria da “outra vida” for verdadeira, sei que ela está em um ótimo lugar.

Uma coisa que venho aprendendo é que não temos tempo a perder.

 Conheça quem você tiver que conhecer.

 Sorria.

Abrace.

Diga às pessoas que ama, o quanto elas são importante.

Não espere elas partirem.

Que possamos aproveitar o tempo e as pessoas como merecemos.

Fica a saudade e a mesma frase que eu disse a ela a um ano atrás: Muito obrigada, Ana, por acreditar em mim. Não vou desistir, nunca.