Muito se fala
sobre o tempo. Para muitos ele é a solução de todos os problemas, para outros é
o conforto esperado quando se tem algo que não consegue resolver. Mas o que
será realmente que essa pequena palavra faz em nossas vidas?
Tempo é sinônimo
de muitas coisas, mas não podemos encará-lo como uma cura mágica para todos os
nossos percalços. O tempo serve para ajeitar as ideias e aprender a
lidar com as perdas que temos pelo caminho, mas a cura de fato depende de nós, depende
do quanto permitimos que os acontecimentos que não estão dentro das nossas
escolhas continuem a determinar o nosso futuro.
Antonie de Saint-
Exupéry e seu Pequeno Príncipe nos dizem em uma das mais famosas frases de seu livro
que: “Foi o tempo que dedicaste a tua rosa que a fez tão importante”... Nessas
palavras vemos o quanto o poder do tempo é grande. O tempo nos dá a escolha de dedicarmos o
nosso tempo ao que realmente vale apena. Às pessoas que valem a pena, aos
momentos e até mesmo as dores que valem a pena, pois existem dores que valem a
pena passar pelas pessoas que nos importam e o mais importante, que se importam
conosco.
Nesse mesmo
compasso, temos que também reconhecer o que não precisa da dedicação do nosso
tempo. Ficarmos presos em acontecimentos, pessoas que não mais refletem aquilo
que somos e não fazem mais sentido em se
dedicar tempo.
O tempo é o “juiz”
das palavras, é aquele que mostra a verdade e intensidade do que dizemos, é o
que põe a prova o que na hora da raiva ou da alegria intensamente dizemos. O
tempo se encarrega em mostrar o que é de verdade e o que não é.
Tempo é
ensinamento, não é cura, mas nos ajuda a caminhar pelo caminho dela. A vida é
fruto das decisões que fazemos e exatamente por isso, a ideia do plantio é tão
importante nessa arte que é a vida. Viver é plantar e por mais que as vezes
achemos nossa colheita injusta, depois de enfrentar algumas pragas na
plantação, teremos a colheita farta e sadia se soubermos esperar a ação do
tempo.
Não desanime,
ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz não coloque um ponto final
das suas esperanças... Ainda existe tempo. Tempo, tempo, tempo...