Uma imagem, uma frase e mudou um monte de coisa na minha cabeça.
Talvez nem tenha mudado, só tenha vindo à tona o que sempre soube. O tempo
passou e não há nada que eu possa fazer pra reverter isso. Pela primeira vez,
ao invés de ficar somente me lamentando, eu resolvi pensar no que fazer com o
que sobrou e fazer mais do que ficar sentada vendo o tempo passar.
Como bem disse meu lindo John, deixar de viver os 28 anos
por 4 anos seguidos, no meu caso, viver os 20 anos por 10 anos. Apesar de não
aparentar a idade que tenho, o que me deixa muito envaidecida, não dá mais pra
se comportar como uma garotinha no auge dos seus 20, 22 anos. Não dá mais pra
gastar rios de dinheiro em uma noite, achando que o mundo vai acabar.
Mais uma vez, John dá o seu veredito “Não tem como uma
pessoa alegar que se sente abandonada, saindo bêbada de um bar de madrugada, o
que essa pessoa tem é dependência de álcool”, é mais ou menos isso que ele diz,
e é verdade. Se auto- diagnosticar em um bar, não é terapia e sim alcoolismo.
Eu fiz muitas e muitas vezes, e só ganhei mais pena de mim mesma,
do que qualquer alívio que eu possa ter buscado.
Enfim, foram dias de isolamento, lágrimas, tristeza...,e que de
certa forma ainda estão presentes, doídas, porém necessárias,mas veio também novas ideias e um fio de esperança ,
de que por mais tempo que eu perdi, ainda resta algo diferente a fazer, ainda
resta tempo pra fazer algo diferente... Viajar, conhecer pessoas, lugares e situações
novas e quem sabe, voltar a sonhar com o paraíso.